IMPROMPTU OPUS 2 Nº 1
Retas intrânsitas
Tempestades náuticas
Procelas atlânticas
Fortes, fartas, em quebrantes
Esporões de aço, rasgantes
Afiadas facas
Desafios, no frio cortante
Olhos vesgos, sem curso
Perdidos, negros
Em meio à chuva...
De de tantos e quantos uivos
São vendavais artísticos
Cantantes, fluentes,
O mar em frente
A onda verde, caminhante
Levada em fortes correntes...
Que se serve e vai
Em levas de cristas
E cristais vertentes
E a terra livre, delirante,
Empolgante, sua...
Te carrega em seu colo,
Espumante, nua...
A solidão de estar vazia
Sem pensar que é noite triste
Quem chora, cai
Amparo vai
E vê o Céu sem cor
O acordar intenso
O limiar da avença
O limitar dos veios cósmicos
Sorrir e cuspir no mar
Sentir a vida palpitar
Estáticos frisos e senões
Tuas ações, teus sonhos
Firmes, repetentes, insinuantes...
Brutais, medonhos...
Mas fantásticos !
(Tadeu Paulo - 11/2006)