Poemas amputados
Quisera eu que houvesse no mundo
Um livro de poemas amputados
Talvez nos escombros da poesia bruta
Nascida dos sorrisos e lágrimas derramadas
Houvessem tesouros paridos
Da mais pura inspiração
Repletos de significados
Que o intelecto muda...
...e corrompe.
O instante da lágrima,
Do abraço,
Do encontro
...e do desencontro
Que definem o curso da existência
O “nanopensamento”
Transformado depois em teorias psíquicas
Tudo está ali
Naquela palavra que nasce e morre
Como uma flor rara
Intangível na sua sensibilidade
Evanescente diante do ser atribulado e desatento
Houvesse um livro desses
Com seus abortos e quase sucessos
Ainda que não o soubessem ler
Seu nome seria vida