DEDOS DIVINOS
DEDOS DIVINOS
Final de tarde de outono na fazenda
Instrospecta, meus pensamentos vagavam
No nada, no tudo, libertos, perdidos
Mas, oh, que cenário inusitado
Festa para os meus olhos virgens
Cores divinas se moviam nos céus
Compondo quadros luminosos
Extasiada, entrei em transe
Permiti-me envolver na aquarela
No transcendente tema daqueles instantes
Minha mente quedou-se livre
Meu corpo volitava docemente
Todo o meu ser se afogava
Na presente visão onírica
Portal de um paraíso cujo pintor
Deve ser o mágico dos divinos dedos
Preta Fá