“ENFIM O SILENCIO”
 
 
A vida caminhava solta...
Despretensiosa, livre talvez...
Quando em um momento de revolta...
Me vi mudo, amordaçado, aprisionado de vez!!!
 
Meus princípios me afrontavam...
Minha raiz me enganará...
Meus ídolos sucumbiram...
Quem será que me salvará!!!
 
Em meio ao barulho do meu próprio silencio...
Caminho tropeço sem forças adicionais...
Repouso meu corpo a beira do precipício...
Tentando entender porque somos tão diferentes dos animais!!!
 
Instinto que me falha...
Olfato fraco e influenciável...
Visão pequena que me atrapalha...
Tato mais que deplorável!!!
 
Vejo em meus passos indecisos...
O mapa das duvidas tatuado na estrada da vida...
Olho para traz e vejo momentos perdidos...
E de novo sofro um pouco mais ainda!!!
 
Enfim o silencio se aproxima...
O derradeiro choque de decibéis...
Minha audição em uma lembrança tardia...
Traz a frase, ficam os dedos e se vão os anéis!!!
 
Em uma analogia simbiótica e inexorável...
Olho perplexo o burburinho da rua...
Não existe mais ninguém confiável...
Fico em silencio, o resto você conclua!!!