Todas as sua Flores e Plantas

Passou pelo jardim correndo,

esbarrou no capim que o jardineiro não fôra aparar,

quase pisa num tinhorão avermelhado perto da varanda.

Abriu a porta de vidro, quase que o quebra,

correu para a primeira porta no corredor,

entrou de qualquer maneira, sentou-se no vaso.

Ah! Que vontade de cagar!

Cagou!

Cinco minutos depois estava em frente ao espelho.

Ajeitou o cabelo,

retocou de novo a pintura nos olhos.

Aproveitou também para ajeitar o Modess

que lhe incomodava um pouco.

Apanhou a bolsa, o dinheiro, as chaves do carro também,

olhou para ver se a cama estava arrumada,

saiu,

depois de fechar cuidadosamente a porta de vidro da varanda.

Na varanda sorriu,

o dia era lindo, o céu azulzinho.

Respirou fundo.

Procurou seu tinhorão preferido, aquele avermelhado,

ficou com uma vontade louca de saber porque ele era tão belo,

como ele tinha sido feito,

o que o levou a ser do jeito que era.

Cheirou-o.

Saiu para o jardim e ficou uns trinta minutos olhando

e examinando e cheirando

todas as suas flores e plantas.