A VISITA DA VERDADE

Eu quero uma verdade inventada: (*)

Com mantimentos que me alimentem

Seja bonita, ardente e luminosa,

Sem covardias, medos ou receios

Que tenha consciência pura e limpa

Feito travesseiro macio e cheiroso

Feito toalha branca, rendada,

Que faz a alegria da dona de casa.

Uma verdade estonteantemente inusitada,

Que faça a todos ver as suas bestialidades

Que acenda sóis em noites apagadas

Prateie o mar com sua luminosidade

E semeie germes de entendimento na vida

Desnudando as injúrias, difamações e calúnias

De quem passa, sem nada ver, às pressas...

Acusando sem olhar seu próprio umbigo

É domingo, abro a janela, à espera.

Vejo-a ao longe voando distraída

Quem sabe, hoje, ela venha me visitar

Sem vernizes ou máscaras maquiadas

Trazendo sorrisos e doces desejos;

Vindo direto aos meus lábios em beijo

E sente-se à mesa, à hora do almoço,

Silenciosa, delicada, sutil e deliciosa

Ensinando-me o segredo de bem amar,

Depois de por todos os mares velejar

Com sua pele jovial aveludada ou enrugada

Entre goles de cerveja gelada. Sem alvoroço.

Duo: JL Semeador e Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 16/03/2012
Código do texto: T3557344