Meus Versos

Meus versos são vorazes!

Neste espinhoso atalho da vida,

Sem ungüentos, sem antrazes

Eles agridem a ferida!

Não fazem da vida afagos...

Não fazem do sonho vida.

Escorrem feito suor de escravos!

Em sol escaldante na lida.

São lamentos, são gritos!

De vítimas e de algozes,

Não consola aos aflitos

Não perdoa aos atrozes!

Não são oásis na tormenta!

Nem trégua nas batalhas,

São punhais que atormenta

São mortalhas! São mortalhas!

Eles brotam abruptamente da raiz,

De todo mal que me consome.

Se quiseres ser feliz!

Fuja! Ao ouvir meu nome.

POETADADOR
Enviado por POETADADOR em 20/01/2007
Código do texto: T352926