Meus Versos
Meus versos são vorazes!
Neste espinhoso atalho da vida,
Sem ungüentos, sem antrazes
Eles agridem a ferida!
Não fazem da vida afagos...
Não fazem do sonho vida.
Escorrem feito suor de escravos!
Em sol escaldante na lida.
São lamentos, são gritos!
De vítimas e de algozes,
Não consola aos aflitos
Não perdoa aos atrozes!
Não são oásis na tormenta!
Nem trégua nas batalhas,
São punhais que atormenta
São mortalhas! São mortalhas!
Eles brotam abruptamente da raiz,
De todo mal que me consome.
Se quiseres ser feliz!
Fuja! Ao ouvir meu nome.