Madonna OnLine (O Aprendiz)
Minha mãe me ensinou
Ser fraco e devorável
Quem poderá acusá-la
Ter sido criada assim?
Afinal, ela poderia querer
Mais de mim? Seu filhin
Cachos no cabelo, asas de
Anjin. Minha mãe, zinha
Minha mãe me ensinou
A ser forte e sugestivo
E interagir integrado de
Olho amigo nos arquivos
Era assim vulnerável a
Esses medos ancestrais
Desde cedo educada
Nos passes de mágica
De seus anais: medo
De não casar, medo
De não se dar direito
Ao marido preconceito
Afeito a, de uma vez
Tudo dela acasalar na
Casa do lar, caserna
Patriarcal, renovavam
Os medos no escuro
Da cama ancestral.
Madre ternurinha
Cedo educadinha
Nos afazeres domésticos
Seus desejos de menina
Baluartes dessa sina nas
Ondas do mar encrespado
Ondas revoltas de incestos
Quisera-se rainha do lar.
Doméstica apta a domesticar
Submeteu os meninos. Sim
Subverteu os instintos
Lançou-os infantilizados
Ao mar. O fogo masculino
De Prometeu menino
Perigou para sempre apagar
E nessa tormenta de Sísifo
Ficou a rolar rochas para cima
Para baixo a cruz a carregar
Inútil, sem esperança
Os ombros da criança
Lançada às ondas a lutar
Conseguiria salvar-se?
Anjo torto apavorado ao
Bote salva-vidas de seu
Amor materno agarrado
A opção: Naufragar ou
Aprender a nadar. Longe
Longe, a praia à vista
A segurança da areia poderá
Alcançar? A força a surfar o
Surficiente para vencer os
Tubarões e as correntes que
Puxam sempre para o alto
Mar. Terá de vencer essas
Ondas de tsunami. Será?
Será super-herói tipo os de
Stan Lee ou simplesmente
Outro adolescente perdido
Para sempre na platéia do
Show, ouvindo os discursos
Da Rita Lee? O teu colo
Inexiste Mama a memória
Persiste e o muito do teu
Está a ir de vez, sumir
Sumiu. O náufrago está
Sozinho, deseja lançar a
Coroa de espinhos, longe
Da ilusão do avental todo
Sujo de ovo. Jó e jovem
Chegou à praia e nunca
Nunca mais há de querer
Parar no meio do caminho
Aprendizado de espinhos
Trabalho sem esperança
Inútil Gólgota? Suporte
Do corpo. Através do
Medo no Tempo cultivar
100sibilidade de rochedo.