TEMPESTADE
A brisa suave, soprada,
Eriça a erva no monte crescida.
Dois corpos prestes a se unirem,
Compartilham o mister da vida.
A brisa toma outra forma,
Já entrelaça a folhagem, ululante.
A respiração se transforma
Em segundos, murmurante.
Vento e som, então se avolumam,
Crescem em vendaval úmido e forte.
Descargas elétricas descortinam
O acesso, um único norte;
Para um novo e extasiante éter.
Num frenesi incontido,
A tempestade tem início,
Chuva forte, torrencial.
Dois corpos então se fundem,
Derrama-se o líquido vital.
No manancial da vida,
Tem início novo ciclo;
O afloramento de novo universo
Repleto de tempestades,
Inerentes à vontade do ser.
É o encontro dos quatro elementos
Essenciais a um novo nascer:
Água, Terra, Fogo e Ar,
Seiva, matéria, paixão e vida.
Riedaj Azuos. 25/07/02- 10/02/04 - Nova União.