A companheira que escolhestes
 
Agora toma a cruz. Abraça e beija
É a doce companheira que escolhestes;
Filho do carpinteiro, bem conheces
A forma, o perfume, a cor dos troncos.
 
Deita-te sobre a esposa, pobre noivo;
Desposa eternamente a sua forma;
De braços abertos doravante
Irão reconhecer-te pelos séculos.
 
Mas, antes de esposá-la, põe-na ao ombro
Com precauções de amante e de amigo:
Eis que encontraste a ovelha desgarrada.
 
Que somos Madalena, e eu, e Dimas
E todos que consentem que os levantem
Teus braços por um pouco ainda libertos...