Onde Ainda Ele Nasce...
Era um relógio
E algumas flores de areia
De um desabrochar contínuo,
Porém, a qualquer instante, efêmero...
E o sonho que precede o Ocaso
É tão derradeiro quanto o
Primeiro crepúsculo
Da Existência...
São tantas nuvens
Para encobrir um único Sol...
Então o rio sobe o aclive que
Terminará no abismo
Do Impossível Retorno...
Mas o lago das funduras calmas
Permanece sendo tangido e ouvido
Por um fluxo de luz melíflua...
Há lugares onde a sombra só permanecerá
Até a chegada de um olhar imaculado
Em sua percepção que fecha e determina
O conúbio das horas não marcadas...
*Devaneios Nostálgicos - 2011
Giuliano Fratin