Onde Ainda Ele Nasce...

Era um relógio

E algumas flores de areia

De um desabrochar contínuo,

Porém, a qualquer instante, efêmero...

E o sonho que precede o Ocaso

É tão derradeiro quanto o

Primeiro crepúsculo

Da Existência...

São tantas nuvens

Para encobrir um único Sol...

Então o rio sobe o aclive que

Terminará no abismo

Do Impossível Retorno...

Mas o lago das funduras calmas

Permanece sendo tangido e ouvido

Por um fluxo de luz melíflua...

Há lugares onde a sombra só permanecerá

Até a chegada de um olhar imaculado

Em sua percepção que fecha e determina

O conúbio das horas não marcadas...

*Devaneios Nostálgicos - 2011

Giuliano Fratin

Giuliano Fratin
Enviado por Giuliano Fratin em 24/02/2012
Código do texto: T3516534
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