Além da escuridão

Cercada por um imenso riacho

Estava eu, sozinha e desamparada

Num mundo estranho pela cor

Mas igualável na maldade.

Senti que o ar era quente

E estava à procura da saída

Tentava acompanhá-lo...

Mas não tinha forças...

Vi o fogo ardente sobre o meu corpo

e pulei impensadamente no riacho...

E o fogo aumentou impetuoso

Chorei lágrimas de sangue.

Minha alma era o inferno vivo

Sagaz por sua destruição.

Pedi misericórdia...

Mas ninguém ouviu.

De repente um súbito desespero

Fez-me cravar uma cruz no meu coração...

O sangue era negro e parecia ser...

Infinito...

A morte não vinha,

Eu a chamava, clamava e nada

E nada.

Era só fome, sede, sangue, fogo...

Demorou a perceber que já estava...

Morta!

Sim, há muito tempo talvez.

Era só carne viva e alma perdida.

Agora minha alma impaciente vaga por esse mundo...

Obscuro e justo...chamado...

Inferno.

Quimera
Enviado por Quimera em 15/02/2012
Código do texto: T3501595
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