Prognóstico
O homem é o próprio universo
É seus desejos, a razão do viver
E seus delírios os tornam mesquinhos
Envenenando-se em seus princípios
Por conceitos, reconceitos e preconceitos
Venenos dos tolos
E igualmente difundido entre os homens,
Carrosséis de angustias a outros
Psicodelicamente metafísicos.
Perigosamente dogmáticos
O homem e seus animais
Os animais homens
Os homens animais
E seu progresso bélico
E suas belezas mortais
E seus desejos insanos
E sua aliança algoz
O homem e a bandeira da trégua
Os gritos no escuro da noite
Ele e seu universo
O reverso nos açoites
A guerra que escolhe e mata
A guerra que evoluiu o mundo
O homem e a razão dos seus dias
Ele e a razão do que crê.
O homem é aquilo que o escraviza
E nele se diz humano.