Dependência ou Morte
Essa é uma produção dependente,
Somente... De Deus, Ou então.
Mas um projeto pendente,
Entre... O excesso de vontade e nenhuma inspiração.
Frustração...
Verbetes não casam seguem solteiros.
Se eu fosse um poeta nato,
Como Renato...
Saberia rimar romã com travesseiro.
Não é como cantar no chuveiro...
Nada fácil,
Nó na garganta... Espinha.
Nas pick up’s Horácio,
No Microfone Cebolinha,
Cós? To na altura da bainha...
Não sujo a fralda de goma?
Vou, vôo de Morro Agudo a New York City,
Hello Kitty?
Não vai a Roma.
Às margens do Jordão,
Meu grito de dependência.
Liberto da escravidão,
Da auto-suficiência,
Tenho a plena ciência...
Que as idéias vêm do alto como orvalho,
Rega o campo de criação.
E que Deus faz todo o trabalho,
Eu? No máximo a co-produção.
Precaução...
Pra que a torre não entorte,
É necessário coluna.
Dependência ou morte?
Só é possível que se opte... Por uma.
“Sem mim nada podeis fazer” Diz o versículo.
Tal criança no carrossel,
O homem cavalga ao léu...
Em círculos,
Ciclos...
Incompletos.
Sem títulos,
De derrotas o currículo... Está repleto.
Mesmo que possua,
Disposição atlética.
Sua. Mas continua na sua,
Como quem se exercita em esteira ou bicicleta ergométrica.
“Tudo posso naquele que me fortalece”
Não é uma frase de efeito,
Impressa num decalque.
Boto fé realizo grandes feitos,
Pé-de-breque insatisfeito... Recalque.
Nada, nada e morre na praia,
Enquanto o Átomo ensaia, o grito de vitória.
Mas que apenas um nome sobressaia,
Na dedicatória,
Da contracapa.
Glórias somente a Deus,
Pelo dom, pela Lisa e pelos meus...
Chapas.
Ou seria inaudível,
Microfone em off.
Só através dele foi possível,
Terminar essa estrofe.