Anamorphosis

O imaculado sem defeito,

Extirpou aquele cancro.

Certa feita fui refeito,

afoita tela em branco,

Ovelha passo manco....

Em companhia dos bodes.

D'água pro vinho de repente.

Recipiente,

Novo odre,

Ode...

A Miopia,

Que agracia... Os sensíveis.

Campo de visão amplia,

Outros ângulos são possíveis,

Outro lado da moeda.

Ao céu se envereda... Mesmo longe das catedrais.

Enquanto a horda,

De carolas, pinta e borda... Depreda os vitrais.

Ponto de vista, despe-se dos padrões.

Dois mil D.C, outros quinhentos,

Um arrependimento.

Rende mil perdões,

O maior dos dons...

Muito me alegra,

Saber que Deus não me enxerga... como vocês.

A nau dos inquisidores navega,

Ao sabor dos meus porquês.

Sem reposta.

Não tomo nota do ditado.

Filme editado,

É o que aqui se mostra.

Guerra de araque,

No Iraque... Não havia plutônio.

As aparências enganam,

Esganam... Anjos. Absolvem demônios;

Mal interpretado Jesus Cristo foi igual.

A mercê dos vis pincéis.

Como fosse um dos papéis,

De Steven Segal,

Queimadura de terceiro grau...

Na ovelha exótica.

Contrasto,

Mas causo má impressão tal cartucho gasto.

Preferem ilusão de ótica,

Distorções.

Meus óculos tiro,

Excomungados admiro.

Pois não capto só em três dimensões,

Cumprindo missões...

Chego ao cume do monte,

Contemplo novos horizontes... Com meu parceiro Calebe.

Cruzo a savana em meio a manada de rinocerontes,

Mas nenhum deles me percebe.

Anamorphosis,

Por osmose... Conceito desaba.

Anamorphosis,

Force... A porta da percepção pra que ela abra.