Quando eu me for...



Não tenho nada para levar comigo
Sigo, a passos firmes, apenas sigo
Por uma longa e sinuosa estrada.
Há horas em que, talvez me sinta só
Outras me vejo alma acompanhada.


Mas sei...
Que ao fim de tudo,
No percorrer dessa longa jornada,
Tudo o que sou e o que eu fui
É o que importa.


O que doei, e o que escondi atrás da porta
E as coisas que em vão acumulei
E as outras que no percurso deixei
Jogadas pelo caminho,
Espalhadas pelo chão da vida,

Além serem fardo para a caminhada
Não valem nada.


Mas eu sei,
Que algumas vezes, as lágrimas que eu chorei
Regaram o solo seco de minha plantação
E os risos que entre suspiros cultivei
Alimentaram a fome de minha ilusão.


Não tenho arrependimentos do que eu vivi
Nem remorsos pelo que não pude enfim realizar.
Mas onde quer que eu chegue, estarei
Com a certeza de poder chegar
E a coragem se precisar voltar...


Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 
                      29/01/2012



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Obs.: Para meu amigo 'Nego'! (Tá feito do jeitinho que você pediu, amigo, espero que goste...)

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 29/01/2012
Reeditado em 17/07/2022
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