Verônica
Em minha alma verônica,
Tônica... Do amor.
Crônica, da paixão platônica...
Em seu mais puro teor.
Amou-me a primeira vista,
Concordariam os romancistas: Belo início!
Mas sou da família dos galináceos,
Tipo fácil... Que faz-se de difícil.
Ignorei seu sacrifício... Por um longo período.
Não quis saber de anel,
Nem sequer joguei as mãos para o céu,
Como na canção do Hildon.
Cheio de si,
Saio da barra de tua saia.
Mancos passos de Saci,
Dou meus pulos na gandaia,
Tocaia... Acabo caindo.
Volto com o rabo entre as pernas,
De forma terna,
Dizes: Bem vindo!
Apesar da frieza,
Sei que não sou nenhuma Brastemp.
Mas na doença e na pobreza,
Estarás comigo para sempre,
Ninguém há que me contemple... Assim. Sem receber igual medida.
Vives em minha função,
Mas sou uma pessoa tão, tão,
Tão mal agradecida.
Insensível.
Queria que lhe vissem em mim,
Porem sou tão ruim,
Que raramente é possível,
Disponível? Tenho esse pedido de perdão,
Um coração contrito.
E o desejo de refletir a tua feição,
Meu redentor Jesus Cristo