O baile dos sentidos
Desejo é eterna distância
Faz os olhos espremerem
Para tentar tocar, e
Respirar o horizonte
A flor que sorri em setembro
É a que morre sem alma,
Pois não possui dedos
Que a permitam errar
Há longa vida nos passos
(Que ser algum costuma contar)
Parecendo assim a distância
Um tolo círculo previsível
O que dizer da aspiral?
Maldita morte certeira
Faz o céu girar em si
E a razão implorar para existir.