A caminho do abismo
Percebes onde andas?
Seu caminho é circular e de desencontros
És a eterna loucura que insiste em ser razão
Um desafeto, uma ira mais velha que seus pensamentos!
És a vítima do continuísmo e das lembranças alheias
Como podes crer tanto se tanto temes o que crês?
Não há compreensão para o que palavras não atingem
Porém, no mais profundo de seu caos você sente “a verdade”
A condenação virá sem julgamento!
E por milhões seu orgulho será saciado
Nesta festa que te presenteiam não brindarás, mas serás brindado
E o que fazes com sua realidade? Cobres de ilusão?
As dimensões te engolem, obscuras, largas e profundas
Onde estais agora que estou frente ao seu frio corpo?
A ti apenas o descanso, aos outros reflexão e medo
Sua ausência não é nada, sua lembrança sim, é sofrimento
Mas morra meu amigo, morra e goze o fracasso dos homens!
O que pensa apenas para saber sofrer, e enxerga a sombra de uma realidade que não toca nem flui em poesia...
Frutos apenas para conforto dos que te esquecerão
O tempo é força incondicional, assim a existência está contra você
Este espetáculo não mais será o mesmo, arte sem alma!
Suas inspirações agora são forjadas para outros
Morre um ser, nasce uma mentira
Não importa esse ciclo, não importa essa dor!
Não importa o caminho meu caro, pois todo ele é abismal.