ETÉREA
Clara da Costa
Perco-me nas brumas do tempo,
irremediavelmente melancólica...
o sonho se desfez com a ilusão,
o sorriso se perdeu entre as cinzas.
Fez-se quietude
no amontoado de lembranças,
que bailam nas sombras inquietantes da noite,
enquanto perambulo, sem rumo.
A vida aos poucos falece na madrugada,
esconde entre suas sombras
sinfonias tristes e razões perdidas.
Enquanto o vento sopra meus cabelos,
meu corpo atinge o nirvana,
e nas asas do vento, me torno para sempre...etérea.
(Texto escrito para o site A Era do Espírito)