Bem e Mau Blasfêmia

Aprisionado em meu âmago sem nexo.

Um punhado de sentimentos complexos.

Que me corroem, dançam, brigam,

se lambuzam nas entranhas da minha alma.

Logo desta orgia, nasce, berra e chora a confusão!

A qual não me cabe explicação.

Eis que relembro a Deusa, a mãe, quem me domina.

Se não todos os homens.

Luxúria!

Um nome miserável para tão voraz.

Dentro dela está à futilidade, o desejo, o egoísmo.

A perversão e sabe-se lá mais qual.

Dentro dela está o mau!

O que move o homem, se não a sede, o desejo, o egoísmo?

Amor? Outro filho da Luxúria.

O mais avassalador, ultrapassa o mau!

Fantasiado de anjo alado.

Cega o homem, que pelos desejos torna-se manipulado.

E os desejos o carregam direto para a bocarra da Deusa.

O que existe além do mal? O que há além da Luxúria?

Se tudo que fazemos, sentimos e queremos é para nós?

Egoísmo puro e descarado é amar.

Creio que não compreendas sem ter muito que pensar.

Vivemos para nós, amamos para nós, sofremos para nós.

Natureza humana profana, contraditória.

Luxúria e mal, festejam sua glória.

E o homem alucina saber.

O que é bom e mal.

Sendo que a bondade.

É irreal.

Ueslen
Enviado por Ueslen em 07/01/2012
Código do texto: T3427987
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.