Dorme embalado pela suavidade... Oh mar!
Que ao bater nas pedras, rochedos e penhascos
Acariciado pelas bordas e enseadas das praias,
Num voluptuoso frenesi... tornando-o incapaz!
De ouvir o vento murmurejante... dos mares!
Dorme em berço verdejante nas madrugadas
Que se refazem das noites sob tempestades...
Ao exilar da terra e receber o último gole da vida,
Sorvendo-o levemente e tragando-o em plenitude!
De ouvir o vento murmurejante... dos mares!
Dorme fugaz e descansa nos braços...Oh mar!
Que solitário do dia... espera te reencontrar!
Nas conchas retorcidas... no fundo que há...
Ao contar conchinhas brilhantes p'ra te enfeitar!
De ouvir o vento murmurejante... dos mares!
Dorme o sono eternal nas profundezas...Oh mar!
E sejas ben-vindo ao universo gentil dos mares!
Que sempre espera o bravo navegador repousar,
C'mo estrelas matutinas d'encontro ao Velho Mar!
De ouvir o vento murmurejante... dos mares!