PIPA

Papel colorido e flutuante;

Carregado de sonhos de amor...

Tal e qual uma nave errante;

E nos raios de sol, furtacor...

Voando sem destino, solta ao ar;

Se contorce e dança qual bailarina...

Tentando ao romance voltar;

Sonho coberto de purpurina...

Em seu ápice... No auge da ventania;

Voa carregada pela ilusão...

Mas o vento se põe em calmaria;

Em vertiginosa queda vai ao chão...

Os sonhos voam perdidos no ar;

Meio que sem nenhum documento...

Não tenho nem como os resgatar;

Tão arteiro se faz comigo o vento...

Não deixando mais a pipa voar!

São Paulo, 24 de Dezembro de 2011

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 24/12/2011
Código do texto: T3404968
Classificação de conteúdo: seguro