PIPA
Papel colorido e flutuante;
Carregado de sonhos de amor...
Tal e qual uma nave errante;
E nos raios de sol, furtacor...
Voando sem destino, solta ao ar;
Se contorce e dança qual bailarina...
Tentando ao romance voltar;
Sonho coberto de purpurina...
Em seu ápice... No auge da ventania;
Voa carregada pela ilusão...
Mas o vento se põe em calmaria;
Em vertiginosa queda vai ao chão...
Os sonhos voam perdidos no ar;
Meio que sem nenhum documento...
Não tenho nem como os resgatar;
Tão arteiro se faz comigo o vento...
Não deixando mais a pipa voar!
São Paulo, 24 de Dezembro de 2011