Transcendente

Se a vida é espaçada como as reticências

E os céus levantam-se com o ímpeto do sol

É porque clama por força, ímpeto

Rejeita-se os desvios da alma

Das sombras, o aprendizado

Fé na montanha que há de mover-se

Do passo curto à corrida épica

Os nomes serão ditos pelos gloriosos

Do alto da colina há de mirar

No cansaço, horizonte ao mar

Lavam-se os pecados das mãos transgressoras

Do passado de lanças e cartas

Das linhas de amor e do fogo da luta

No afago dos amados o coração a bater

É o banquete da reflexão, a ceia da mente

Que vaga no estreito limite da luz e das sombras

Transcendente!

Velejeiro por vezes errantes

Mas aventureiro constante

Muitas explicações para o sentimento

Manifestação do realizar-se

Há de se tornar verdade

Ante a dedicação do justo e das vozes doces

Que as esperanças, então, não se consumam

Veraneiem no apogeu da calma

À liberdade para a escolha do certo

Seja oferecida mais uma admiração