ALUMBRAMENTO
Numa certa manhã de outono,
o poeta lá dentro de mim acorda
e vê que a vida continua se revelando
nas pequenas coisas,
nos miúdos detalhes ocultos
pela rotina do cotidiano.
O vento sopra.
É o pulmão de Deus.
A folha cai.
A eternidade está aí.
O pássaro canta,
a borboleta voa,
a flor perfuma.
Minha alma se alumbra
e se encanta.