PLUVIOSIDADE HUMANA

Bonança!

De repente,

de novo,

uns trás outros,

sucedem-se pingos;

intemperes gotejam.

Garoas, choviscos,

uma poça se forma aqui,

outra ali ...

Precipitações umidecem alegrias.

Água cai

e dissolve laços.

O par reclui-se à solidão.

Nuvens se turvam,

céus faíscam,

rugem trovões;

ânimos ouvem-se em estrépitos sons.

Armados os vendavais,

corações se inundam.

Catástrofe!

Caos na alma!

Olhos alagados

prestes ao naufrágio,

paixão arca com dilúvios de mágoas.

...

Eis quando,

em meio a instabilidade recorrente,

transcedente,

surge o amor em resgate.

Salva, a união se reata, clareia

e, outra vez, sobrevive ao turbilhão.

Bonança!

Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 04/12/2011
Reeditado em 05/12/2011
Código do texto: T3372137
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