ALGUM POEMA MENOS LÚCIDO
Me desfaço...
na infinita inconstância dos elementos...
Passo,
de uma margem à outra
disfarçado de vento.
Mas se sou vento,
onde?
que não estou me vendo?
Se tempo,
a que instante
percorrendo?
Me desfaço,
de qualquer questionamento.
Me desfaço,
e eis que estou imaterial
Numa sensação ilógica
de racionalidade.
Átomo de poeira cósmica num buraco negro fundo,
fundo, fundo, fundo, profundo... Quase eterno;
E quando chego a algum lugar,
denominado AQUI
Sou,
na mesma proporção
de estar.