ALGUM POEMA MENOS LÚCIDO

Me desfaço...

na infinita inconstância dos elementos...

Passo,

de uma margem à outra

disfarçado de vento.

Mas se sou vento,

onde?

que não estou me vendo?

Se tempo,

a que instante

percorrendo?

Me desfaço,

de qualquer questionamento.

Me desfaço,

e eis que estou imaterial

Numa sensação ilógica

de racionalidade.

Átomo de poeira cósmica num buraco negro fundo,

fundo, fundo, fundo, profundo... Quase eterno;

E quando chego a algum lugar,

denominado AQUI

Sou,

na mesma proporção

de estar.

Wellington Berdusco
Enviado por Wellington Berdusco em 28/11/2011
Código do texto: T3361901