A FLOR E O BESOURO

A noite descia sob o véu de seu manto negro

E apascentava seu recheado e portentoso rebanho de estrelas

E a estrela guia vai levando seu comboio pela luz da madrugada

Pelos jardins vagava eu solitário como um anacoreta

Quando avistei zumbindo estridente no ar

Fazendo desajeitadas piruetas

Um coleóptero negro

Que mais parecia ser um ônix de asas

Procurava diligentemente

Pela delicadeza da flor

A sagrada essência dela

Que o atraia pelo cheiro de seu adocicado néctar

O desajeitado e bruto besouro...

Que lhe sugava sem nada em troca receber

Dei a flor uma ajuda pequena

E o risquei deste poema...

Mais a flor delicada de ouro

Pendendo pelo peso do enorme bicho beligerante

Antes de cair no solo nesse réquiem de puxa e repuxa

Libertou-se e voou lépida como o instante

Surgindo assim deste tremeluzente vôo noturno

A MARIPOSA também conhecida como BRUXA

Que vaga pela madrugada e vai voando...Voando

Enquanto eu vou divagando...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 23/11/2011
Código do texto: T3351154
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