A FLOR E O BESOURO
A noite descia sob o véu de seu manto negro
E apascentava seu recheado e portentoso rebanho de estrelas
E a estrela guia vai levando seu comboio pela luz da madrugada
Pelos jardins vagava eu solitário como um anacoreta
Quando avistei zumbindo estridente no ar
Fazendo desajeitadas piruetas
Um coleóptero negro
Que mais parecia ser um ônix de asas
Procurava diligentemente
Pela delicadeza da flor
A sagrada essência dela
Que o atraia pelo cheiro de seu adocicado néctar
O desajeitado e bruto besouro...
Que lhe sugava sem nada em troca receber
Dei a flor uma ajuda pequena
E o risquei deste poema...
Mais a flor delicada de ouro
Pendendo pelo peso do enorme bicho beligerante
Antes de cair no solo nesse réquiem de puxa e repuxa
Libertou-se e voou lépida como o instante
Surgindo assim deste tremeluzente vôo noturno
A MARIPOSA também conhecida como BRUXA
Que vaga pela madrugada e vai voando...Voando
Enquanto eu vou divagando...