Espelhos
Transeunte de um mar revoluto
Amanho destino encontrar
Ao fitar-me no espelho o luto
Intento da vida provar
que a matéria, invólucro da vida
De essência subtil emergida
Tal como entardecer vesperar
Cede a lua o brilho do dia
Transformando o Sol altivo, em luar
Assim es também tu, ser vacante
De mesma essência contida
profundo âmago, voz serena, cativa
Ao conduzir-te aprendizado constante
Vislumbrar-te-ia sentido da vida.
Seguir no ciclo contínuo, errante
Alma-gêmea es tu,
no espelho refletida.