SOBREVIVENDO AO IMPOSSÍVEL

Quisera eu pudesse escolher

E visitar o céu, questionar seu chão

Ver os sinais vindos, os anjos perdidos

Nesse mundo de tamanha ilusão

Bem daqui onde sobrevivem preconceitos

A derramar lágrimas de sangue rarefeitas

Onde o próprio Einstein já proferia

Que era mais fácil desintegrar o átomo...

Daria flores a todo instante

Seria uma fada delinqüente

Mas a sabedoria de um ser divino

Fez-me apenas mulher, simples / Gente

Perfumarias o solo fecundando o ar

Com tua sacrossanta delinqüência

No pecado sublime de tua fragrância

Na simplicidade elegante da fêmea

Poria estrelas em toda a calçada

Pisaria em armas, deixaria tudo a pó

E em ruas de calda derramada

Lindas canções viriam em trenó

Ladrilhando os meus caminhos

Desarmaria todos os nós da guerra

Afixando na alma do homem a PAZ

Como bem o fez aquele Santo Menino

E nas crianças apenas sorrisos

Cheias de bem, de pão, de amor

Pulariam, jogando pó de bênçãos

Em todos os seres, de qualquer cor

Instalaria de vez o riso estampado

Desfilando nessas bocas abençoadas

O hálito puro da mais bela esperança

Cessando a dessemelhança na igualdade

Nada de fome ou de covardia

Ciclos inteiros de puro saltar

Mulheres lindas gerando vida

Homens emocionados a chorar

Ventres livres entoando a Justiça

Saltitando em inebriante alegria

Culto à beleza e suas delicadezas

Despertando no mundo sua energia

E amigos seriam pra sempre

Sem verbo nenhum de partida

Mudariam sua alma, pr’alma da gente

Cumplicidade, entrega, calmaria

Poderia existir maior e melhor magia?

Que esta dos fragmentos enfraquecidos

Tornarem-se amalgamados em ser uno!

Reunindo na humana exemplar espécie

E amores limpos, a dedo escolhido

Na imensidão de serem perfeitos

Uniriam emoção com sentidos

Numa equação divina no peito

Já ouço esse teu hino de todos seletivo

A entoar seu cântico em meus ouvidos

Qual sinfonia cósmica a me enternecer

Direcionando um fulcro de harmonia

Mas ainda acredito num outro final

No igual, na verdade, no irmão

Na pura crença de um mundo real

Sigo buscando, em oração

Teus versos lançados aos céus

Ouso captar, dialogar e espelhar

Refleti-los rumo aos olhos teus

Para ver como é sublime amar

Mas é preciso acordar para essa tal vida

Chega de só querer ar / sobreviver

É dar a mão, a verdade, a acolhida

E no outro, no amor / renascer

Foi o que fizeste assim comigo...

Ao me trazer sensitivas palavras

Senti o pulsar das possibilidades

De fazer desta vida... A felicidade!

Duo: Ká Santos e Hildebrando Menezes

Poetas do Amor e da Paz

Referência: http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/sobrevivendo-ao-imposs-vel

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 27/10/2011
Código do texto: T3301418