Ego
É manhã! Em mim, um tanto de tristeza...
A noite cai sobre os meus tinos
Como látegos de sofrimentos insanos.
Sou um biplano levado de açoite...
Até quando, até quando senhor!
Sou a soma de vate e carrasco, na dor;
Emplastro de ferida com argumento pueril!
Vil melancolia que me fere e, como unguento,
Leva-me ao sofrimento...
Sara-me, Senhor, sara-me!
Avança para mim uma frente fria...
O meu ego em agonia se espreita.
Fraco, no vendaval de memórias,
Amoita-se a espera de uma luz.
Mas falta-lhe a Mão Divina,
Que prometera salvá-lo da tempestade!
E a cruz, intempestiva, se afigura
Em seu caminho de amarguras;
Vida de descuidos, espinhos e linhos;
Pergaminhos onde cunharam sua sentença...
Onde está a crença de um mártir?
Somos os reencarnes de um pária!
Eu sou um, acusatoriamente, vate!
Ele, o traste e o presente que se cala
Quando, em mim, batem esperança e dor...
É manhã! Em mim, um tanto de tristeza...
A noite cai sobre os meus tinos
Como látegos de sofrimentos insanos.
Sou um biplano levado de açoite...
Até quando, até quando senhor!
Sou a soma de vate e carrasco, na dor;
Emplastro de ferida com argumento pueril!
Vil melancolia que me fere e, como unguento,
Leva-me ao sofrimento...
Sara-me, Senhor, sara-me!
Avança para mim uma frente fria...
O meu ego em agonia se espreita.
Fraco, no vendaval de memórias,
Amoita-se a espera de uma luz.
Mas falta-lhe a Mão Divina,
Que prometera salvá-lo da tempestade!
E a cruz, intempestiva, se afigura
Em seu caminho de amarguras;
Vida de descuidos, espinhos e linhos;
Pergaminhos onde cunharam sua sentença...
Onde está a crença de um mártir?
Somos os reencarnes de um pária!
Eu sou um, acusatoriamente, vate!
Ele, o traste e o presente que se cala
Quando, em mim, batem esperança e dor...