Árvore
Espasmos outros gorjeiam
Ao som do céu a brilhar
E pássaros que ali vagueiam
De súbito tentam ficar
E tu, oh! Homem pássaro
Que na mente sentes pudor
Nas arvores mortas caídas
Teu fruto perpetuou
O magro doce equilíbrio
E ventos tristes a bailar
Teus galhos finos e frios
Teu tronco torto está
E oca a árvore do espanto
No dedilhar da razão
São fios que suprem a vida
Raízes procurando chão
Caíram todas as flores
A árvore em quatro partiu-se
E cinza ficaram os galhos
Nas fogueiras da inquisição
O fogo santo matava.
É homem que procurava pão