Lua Negra
Quando pleno negror toma o céu noturno
E Selene não mais ostenta seu esplendor
É a Lua Negra com seu aspecto soturno
Que se faz pressentir em estranho torpor.
Julgaram-te Deusa Ausente, Insondável Vazio
Marca da perda, da falta, sinistro pesar
Prelúdio da queda, arrependimento tardio
Buraco negro voraz, que vive para aniquilar.
Todavia és incompreendida, taciturna deidade
Tua face está oculta, mas tu nunca te ausentas
Apenas renunciaste a refletir a solar claridade
Para que as estrelas rebrilhem como joias argênteas.
Sofres a solitude, consideram-te para sempre perdida
Porém és como a mariposa na crisálida dormente
Creem-te morta, de ti teria se retirado a vida
Mas se te envolves na escuridão, é para nascer novamente!