Eu

Sortilégio eu sou.
Ressuscitodas mortes
que todos os dias me acometem
diuturnamente.

Suspiro por um dia
que não seja dor
nem morte.
Nem porvir.

Suspiro por um dia
ser eu-real.
Depois, só depois,
no dia fatal,
hão de me carpir.

Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 11/10/2011
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