ASAS DE SEDA

Aninhou-se no canto da janela,
Silenciosa me olha, me namora,
Com sua nuança azul - rasgada,
Convida-me para a aquarela.

Deseja-me de perto, flerta...
É Irmã da manhã iluminada,
Aguarda-me, pousada, (in)discreta,
Sorrio... digo para o ego: é agora!

Abro a janela, o coração, a alma de poeta,
Sinto-me livre por dentro, por fora,
E voo... metamorfoseado ao lado dela.