Primavera em mim Outono
Sou fêmea sacrossanta, a flor mais perfumada
e a primavera em mim desfaz qualquer degredo.
Renasço ao teu fervor, sou canto em passarada
a revoar sem dor as uvas de um vinhedo.
Sou da espécie animal... Projeto de homem
Com as narinas, do bem e do mal, apuradas
Não sou apenas um mero produtor de sêmen
Protagonizo e rabisco versos à minha amada
A minha essência estrela é bela e aveludada,
reluz por toda a luz - do céu guarda o segredo.
Chopin Tristesse em mim refaz em namorada
um sem igual de amor, ao qual sorrindo cedo.
É para ti mulher... Que compus o meu Noturno
Em suaves notas bem pausadas e compassadas
Do fundo da minha alma eu as assopro ao piano
Vindo aqui meio aos meus tropeços apressados
No verso que soletra a boca em tom lascivo
mergulho meu desejo e sorvo o sentimento.
Que banho sensual - sentir tão abusivo!
Da sensitiva languidez que de ti se desprende
Abro os olhos fascinados fitos em teu semblante
Os meus lábios te degustam e aos teus se prende
Beijo sonhado e transmutado no ser transcendente
Outono em teu abraço é sonho e poesia,
sussurro ritmado, alcanço meu intento.
Das letras, meu prazer - és macho-fantasia!
Vieste lá dos céus a compor as flores primaveris
Toda a terra úmida arde e cheira fecunda em festa
E me despes o outono em pétalas sutis e pueris
É a força mais viril do amor que aqui se manifesta.
Duo: Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz e Hildebrando Menezes
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