Se eu falasse com Deus
Se eu fosse interceder ao Pai,
por toda a humanidade,
o que pediria em seu nome?
Sem nenhuma relutância,
clamaria, nas circunstancias
pra que Ele refizesse os homens…
De modo que fossem maiores que siglas,
e ( pasmem ), menores que Deus;
tais, que falariam para falar,
e não pra diluírem culpas,
tampouco seduzirem turbas,
a seguirem os passos seus.
Homens, que ao flagrarem a injustiça,
fortalecessem seus braços,
braços com zelo, indignação;
e não tivessem cautela tanta,
quando a providência urge,
porque se apressa o ladrão…
Firmes, que fossem arrimo,
pro frágil nos descaminhos,
sem a plata mercenária;
prontos à reação sucinta,
enfim, pena que não nega tinta,
quando a escrita é necessária.
Desses que quando vivem,
vale a pena parar e ouvi-los,
são pois, estímulo à reflexão;
quando andam, dá vontade de segui-los,
e ao dormir são dignos,
da bandeira envolta no caixão…
Mas, temo que o Pai diria,
que errado eu estaria,
ao estar pedindo isso.
De mim,- diria –não falta nada;
as sementes já foram dadas,
o cultivo é que é omisso…