Dia Branco

Meus versos correm rasos,

despedi a dor nesta manhã

que trouxe um dia luzidio.

Despedi mesmo foi a vida

quando me isolei da dor.

Meu remorso é claro e insondável,

na esperança, apenas possível, sou vã.

Quero colher da vida o néctar:

pois, dentro do amarelo pode haver bolhas,

e vivo mais já que me revisto de contrário.

Neusa Azevedo
Enviado por Neusa Azevedo em 19/09/2011
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