ESTE NADA DENTRO DE MIM
Era a cor do meu céu,
A luz em cada única escuridão.
Fazia-me exame da elevação
No amor, nas junções...
A luz em cada única escuridão.
Fazia-me exame da elevação
No amor, nas junções...
E carregava-me às terras supremas,
Além das portas,
Atrás do vinho e do pão.
Desconcertantes giros da roda
Que põem preferivelmente
Distante alguém que gostaria mais perto
Ao meu coração.
Alguém que em longínqua e desregrada pretensão
É como a água
Que se mistura ao fogo
E vira fumaça;
Como as estrelas e a lua
Que desejam ocultar
Cada pequeno pedaço de escuridão;
Como o meu absurdo e o teu estado normal.
Se tudo isso não apagasse
O esperançoso vão da felicidade
Não usar-me-ia definitivamente como por coração;
Tornando-me escravo da tristeza e da saudade,
Morrendo na batida que anuncia
O toque que hipnotiza serpentes
Que nascem em meu próprio quintal;
Serpentes que provocam a dor
E que me fazem fugir
De meu estado habitual;
Que deixam sempre minha esfera multiforme
Amarrada aos meus pés.
E que me fazem fugir
De meu estado habitual;
Que deixam sempre minha esfera multiforme
Amarrada aos meus pés.
E do fundo de meus olhos claros
Não sai nada além de questões
De quem procura por algo;
Nada além do que loucas canções
Que vêm dos livros velhos
Que escrevi e tratei de ocultar da minha estante.
Não sai nada além de questões
De quem procura por algo;
Nada além do que loucas canções
Que vêm dos livros velhos
Que escrevi e tratei de ocultar da minha estante.
Lá fora, sobrevive a chuva
Em revestimentos nevoentos
Enquanto pessoas fingem estar ao meu lado
Sem nunca se fazerem presentes.
Eu estou novamente perdido
Em procurar por algo nesta profundidade
Onde todas as junções da vida
Amaldiçoam este NADA DENTRO de mim.
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