Filho Pródigo (Estranho Navegante)

Desse “boom” estou aqui

Credor de todos esses elos

Separei com força da mão

Esse cordão, que ora saiu

Da entranha dessa Coisa

Lacaniana que me pariu

Ao umbilical arranjo digo

Vai vagina, leva contigo

De volta ao bigbang esse

Universo rio frio e morto

Ao arrepio dessa expansão

Maternal, essa paternidade

De eterna maldição astral

Voltem demônios, ao lugar

Primitivo do qual nasceram

Ao útero primeiro, perdido

Nos confins das trevas frias

Infinitas, entranhas dessas

Evas em contrações de par

Em partos. Qtos. Quantum

De radiação eletromagnética

Através eras de maldições

Eternas desejam fazer-me

Parte dessa herança de pó

Poeira de estrelas, expansão

De entranhas banhadas no

Nascer de sangue e vagidos.

Quanta vagina parida pela

Explosão dessa supernova

Supernatural nesse universo

Em expansão, em verdade

Planeta anã branca. Ponto

Negro e frio nesse cosmo

Vadio. Maldita vadia que

Do Paraíso Perdido pariu

Esses párias terciários para

Os objetivos tão primários

Dessa política globalização

Ágio em expansão nesse

Covil. E dessas costelas de

Ripa vergadas pelo sarrafo

Nasceu dessa cultura de

Aminoácidos, essa geração

De carne de terceira. E de

Mentalidade de quinta, 5ª

Categoria. Terra! Terra!

Por mais semelhante foras

Ao errante navegante, quem

Jamais te lembraria?

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 07/09/2011
Reeditado em 08/09/2011
Código do texto: T3205949
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