Filho Pródigo (Estranho Navegante)
Desse “boom” estou aqui
Credor de todos esses elos
Separei com força da mão
Esse cordão, que ora saiu
Da entranha dessa Coisa
Lacaniana que me pariu
Ao umbilical arranjo digo
Vai vagina, leva contigo
De volta ao bigbang esse
Universo rio frio e morto
Ao arrepio dessa expansão
Maternal, essa paternidade
De eterna maldição astral
Voltem demônios, ao lugar
Primitivo do qual nasceram
Ao útero primeiro, perdido
Nos confins das trevas frias
Infinitas, entranhas dessas
Evas em contrações de par
Em partos. Qtos. Quantum
De radiação eletromagnética
Através eras de maldições
Eternas desejam fazer-me
Parte dessa herança de pó
Poeira de estrelas, expansão
De entranhas banhadas no
Nascer de sangue e vagidos.
Quanta vagina parida pela
Explosão dessa supernova
Supernatural nesse universo
Em expansão, em verdade
Planeta anã branca. Ponto
Negro e frio nesse cosmo
Vadio. Maldita vadia que
Do Paraíso Perdido pariu
Esses párias terciários para
Os objetivos tão primários
Dessa política globalização
Ágio em expansão nesse
Covil. E dessas costelas de
Ripa vergadas pelo sarrafo
Nasceu dessa cultura de
Aminoácidos, essa geração
De carne de terceira. E de
Mentalidade de quinta, 5ª
Categoria. Terra! Terra!
Por mais semelhante foras
Ao errante navegante, quem
Jamais te lembraria?