MESMICE!

Ah essa Constancia que nos instala os mesmos desejos

Parece febre que nos assola a rotina cruel e assassina

Inquebrantável disposição do espírito em estado de marasmo

Vício a causar malefício que te fecha às portas do paraíso

Mais parece um convite a prostração de um hospício

A se fingir de estável solidez, de equilíbrio impelido por receios

Ledo engano a causar estragos no epicentro da criação

Castradora da liberdade, serva dócil das regras...

Vai ao bom combate e passe logo as tuas réguas

Para que ela não cerceie a sadia inspiração

Das modificações, na mesmice do ato de conter-se

Toda igualdade não se permite comparação

Aproveita do belo da diversidade no eixo da emoção

Inalterada não vislumbra inconstâncias, nem alternativas

Combatida, te oferece um mundo de possibilidades

Não aceitos altos e baixos, tédio que não admite criatividade.

Rasga tua verve e escuta a febre da veia da alma, sem piedade

Não se deixa confrontar perante a conformidade

Ao vencê-la a arte agradece o que pela poesia aparece

Ela odeia esse exercício por deixá-la totalmente nua

Então fique atento às suas garras insanas, por vezes crua

Porque são tantas suas armadilhas e perversões que...

Nem faz relação a mudanças que possam ser melhoradas

Num estado continuo incessante, perenal das similitudes,

Assim sendo desfrute do fruto doce da sua inquietude.

Duo: Lufague e Hilde

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 03/09/2011
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