MESMICE!
Ah essa Constancia que nos instala os mesmos desejos
Parece febre que nos assola a rotina cruel e assassina
Inquebrantável disposição do espírito em estado de marasmo
Vício a causar malefício que te fecha às portas do paraíso
Mais parece um convite a prostração de um hospício
A se fingir de estável solidez, de equilíbrio impelido por receios
Ledo engano a causar estragos no epicentro da criação
Castradora da liberdade, serva dócil das regras...
Vai ao bom combate e passe logo as tuas réguas
Para que ela não cerceie a sadia inspiração
Das modificações, na mesmice do ato de conter-se
Toda igualdade não se permite comparação
Aproveita do belo da diversidade no eixo da emoção
Inalterada não vislumbra inconstâncias, nem alternativas
Combatida, te oferece um mundo de possibilidades
Não aceitos altos e baixos, tédio que não admite criatividade.
Rasga tua verve e escuta a febre da veia da alma, sem piedade
Não se deixa confrontar perante a conformidade
Ao vencê-la a arte agradece o que pela poesia aparece
Ela odeia esse exercício por deixá-la totalmente nua
Então fique atento às suas garras insanas, por vezes crua
Porque são tantas suas armadilhas e perversões que...
Nem faz relação a mudanças que possam ser melhoradas
Num estado continuo incessante, perenal das similitudes,
Assim sendo desfrute do fruto doce da sua inquietude.
Duo: Lufague e Hilde