Bailado dos Dias

Tudo muda brusca e cataclismicamente

No silêncio das patéticas incoerências

Frias e inertes como outrora as vertentes

Das mais incomodas equivalências...

Raspo os dedos no reboco, tenho os olhos úmidos

Queria no amanhecer um arrebol de raios fúlgidos

Mas meus olhos nada vêm além da trêmula fumaça

Trabalhando a atmosfera, dizimando toda a raça

Lavar as mãos do meu próprio sangue

Cingir os rins e caminhar sem norte ou destino

Eis a única opção ativa que o banquete abrange

Agora já, que lamento não ser mais só um menino

Enquanto tua mente mente e sente o quente ar

A realidade não aceita que te retire do inverno

Praticamente não permitindo-te acabar

Insistindo por si mesma pra que tu fiques, à acenar...

E nas margens do caminho sentir a vida passar!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 01/09/2011
Reeditado em 01/09/2011
Código do texto: T3195386
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