Cooptação
AhAh incorporei minha alma
Ao corpo que dela não pode
Viver separado. Em cada ato
Individual a emoção de me
Conhecer e fazer valer a
Inteligência abstrata. Sim!
O terror de existir quase
Nunca Está em Ti. Mas no
Assédio demencial dos que
Buscam a qualquer preço
Com partilhar existência
E desejam diluí-la na falta
No limbo, olvido, nonada.
Os fantasmas viventes nos
Vivos temem o vazio. Não
São nada e querem porque
Querem, fanática mente,
Que sejas parte de sua
Dança, em seu baile de
Fantasias estás ausente.
E ficam plenos em sede
Ardente absoluta mente
Pequenos ao saber que
Não têm a chave nem
Podem abrir a porta do
Estar ao Seu lado. Os
Fantasmas têm fome e
Sede infinitas, expectativa
Voraz por devorar-te. Após
Banqueteados com o próprio
Rabo, tragados pelo auto
Consumir-se sem nada ter
Encontrado que pudesse
Ser chamado Alma. Esse
Desespero os devoradores
Desejam compartilhar
Inutilmente contigo. E
Fazer-te parte desse Não-
Ser em perene desabrigo.