Cooptação

AhAh incorporei minha alma

Ao corpo que dela não pode

Viver separado. Em cada ato

Individual a emoção de me

Conhecer e fazer valer a

Inteligência abstrata. Sim!

O terror de existir quase

Nunca Está em Ti. Mas no

Assédio demencial dos que

Buscam a qualquer preço

Com partilhar existência

E desejam diluí-la na falta

No limbo, olvido, nonada.

Os fantasmas viventes nos

Vivos temem o vazio. Não

São nada e querem porque

Querem, fanática mente,

Que sejas parte de sua

Dança, em seu baile de

Fantasias estás ausente.

E ficam plenos em sede

Ardente absoluta mente

Pequenos ao saber que

Não têm a chave nem

Podem abrir a porta do

Estar ao Seu lado. Os

Fantasmas têm fome e

Sede infinitas, expectativa

Voraz por devorar-te. Após

Banqueteados com o próprio

Rabo, tragados pelo auto

Consumir-se sem nada ter

Encontrado que pudesse

Ser chamado Alma. Esse

Desespero os devoradores

Desejam compartilhar

Inutilmente contigo. E

Fazer-te parte desse Não-

Ser em perene desabrigo.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 29/08/2011
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