Sem você, não existe o todo
Abro as janelas, pássaros cantam...
A melodia, conhecida, torna-se-me alheia.
Vou pelas ruas com largos passos dados...
As ruas sempre caminhadas, são estradas paralelas.
Para onde vou, volto ou sigo,
Já não me sinto aqui comigo...
Talvez uma pequena ponta de algo,
Mas tudo, em pedaços que faltam...
Tento resistir a esse frio solitário...
A culpa, o medo, a intolerância aos fatos
São os presságios de solitárias noites eternas.
Na metade de mim que sobra,
Busco as forças que não sinto...
E sem perceber um dia após o outro, eu prossigo!
O Universo acima, ao meio, ainda me habita...
No hoje reavalio os meus erros.
No amanhã, mesmo diante de novos tropeços...
Não me permito mais ao medo...
No final, não parto sem o pedido de perdão que almejo.
O coração sabe...
Deus entende e a vida,
Ah, a vida sempre sabe quem somos...