Rompendo casulos- Asas da liberdade

As pálpebras pesam

Os braços caem

Ouço gritos sufocados pelo silêncio

A cabeça gira

Vejo vultos

Estranhos vultos

Em meio a uma atmosfera sinistra

Meus pés flutuam

Que importa o passado

Se o futuro é incerto?

Resta-me apenas o presente

E o desejo de continuar

Sigo por uma estrada sinuosa

Numa busca desenfreada

Das minhas pseudo – verdades

E o inconformismo latente

Pulsa e vibra em minha mente

Quantos companheiros de jornada

Ficaram a beira do caminho

Alguns ficaram sem perceber

Outros, deixaram-se ficar nas calçadas do conformismo e da mesmice

Para alguns as quedas machucam para outros fortalecem

É no meu delírio que recobro a consciência daquilo que não chegou a ser

E do que poderia ter sido

Enigmáticos olhos me confrontam no espelho da alma

Janelas abrem-se frente as minhas impossibilidades

Lanço-me frente ao despenhadeiro do desconhecido

Como um pássaro ferido buscando abrigo

Debato-me dentro deste casulo que me sufoca

O sofrimento é o preço da liberdade

Rompo as fronteiras de mim mesma

Agora, tenho fortes asas

Belas asas

Que me levaram

Onde eu nunca pude imaginar

Sou livre na essência do meu ser.

Poesia Inscrita no XXXIV CONCURSO INTERNACIONAL LITERÁRIO

Clara Fênix
Enviado por Clara Fênix em 17/08/2011
Reeditado em 17/08/2011
Código do texto: T3164632