Rompendo casulos- Asas da liberdade
As pálpebras pesam
Os braços caem
Ouço gritos sufocados pelo silêncio
A cabeça gira
Vejo vultos
Estranhos vultos
Em meio a uma atmosfera sinistra
Meus pés flutuam
Que importa o passado
Se o futuro é incerto?
Resta-me apenas o presente
E o desejo de continuar
Sigo por uma estrada sinuosa
Numa busca desenfreada
Das minhas pseudo – verdades
E o inconformismo latente
Pulsa e vibra em minha mente
Quantos companheiros de jornada
Ficaram a beira do caminho
Alguns ficaram sem perceber
Outros, deixaram-se ficar nas calçadas do conformismo e da mesmice
Para alguns as quedas machucam para outros fortalecem
É no meu delírio que recobro a consciência daquilo que não chegou a ser
E do que poderia ter sido
Enigmáticos olhos me confrontam no espelho da alma
Janelas abrem-se frente as minhas impossibilidades
Lanço-me frente ao despenhadeiro do desconhecido
Como um pássaro ferido buscando abrigo
Debato-me dentro deste casulo que me sufoca
O sofrimento é o preço da liberdade
Rompo as fronteiras de mim mesma
Agora, tenho fortes asas
Belas asas
Que me levaram
Onde eu nunca pude imaginar
Sou livre na essência do meu ser.
Poesia Inscrita no XXXIV CONCURSO INTERNACIONAL LITERÁRIO