Seu e o meu




Apenas um Estado de Natureza serve...
Para explicar porque existo isoladamente aqui.
Este viver lutando sempre contra todos,
Cheio do medo e da morte violenta que possa vir.

Cheio de armas e cercas...!
Mesmo sendo inútil qualquer proteção,
Pois, para a vida não há garantias de sustentação:
Qualquer outro valente leva o que se têm.

Única é a lei do mais forte!
Ser forte na vida é conquistar e ficar mudo.
Só sendo desumano é que se consegue entesourar e forte ficar.
Este pode tudo...!

Por outro lado o meu avesso...
Vive longe, bem dentro na floresta.
Sobrevivendo com quê a vida dá. Em paz, sem qualquer luta se quer...
Por gestos falando, gritos, cantos, num esplendido estado de felicidade.

Um “Bom selvagem” talvez...
Que de repente, ouve na mata: “É meu!!
O que minhas mãos puderem tocar é meu!
E terá ainda que dividir o que é seu!

Na divisão entre o “seu e o meu”, nasce esta necessidade privada.
Raiz de todas as guerras, transformando os rios em estradas...
Dizendo quem é o mais soberano capaz de impor seu poder absoluto de espada e lei
Sobre a vida e a propriedade.

E no fim...
Tudo é propriedade.
Tudo é um contrato de novo...
Se entendido, fico isolado, sou apenas mais um poeta, soberano é o povo!

De Magela
(Ilustração: origem do estado liberal de Hobbes, Rousseau, John Locke a Chauí. Tive dificuldade para entender conceitos filosóficos. Acabei misturando tudo. Resolvi por para fora e deu no que deu.)
DE MAGELA POESIAS AO ACASO
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 15/08/2011
Reeditado em 15/08/2011
Código do texto: T3161882
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