NAVIOS EM GARRAFAS
Com carinho
vou montando a minha poesia
como esses artesões
que constroem os delicados navios
/ nas garrafas
as peças cabem na vela do céu
com todos os movimentos reduzidos
pra ser tocável o Amor
como algo assim
Vela do Sem-Fim, Panda
fofa dos ventos na raiz
do céu no Mar.
Mas a garrafa é o ar e, dentro dele
o Sol, o mais esmaecido possível
até atingir o estado de Sol
em luar,
um estado da matéria mais sutil
que o de plasma
Um boné para o pé, um papel
entrançado de Alma, Ou uma
Fruta Mastigada
por dentro da árvore, cuja seiva
abre-se em estrelas
___estradas copadas___
à luz do céu ___olho continuativo
/ do nosso Sonho
no Sonho de Deus que Nunca deu
Adeus à Vida ___ antes trouxe uma
/ Cadeira
e a pôs diante da cheia mesa
com convite aos Visitantes ___
/ que ficassem... que ficassem...
que se amassem... que se amassem...
___e deu uma lua por Pão ___
/ e o sentimento Irmão!___
A Garrafa é o Ar
a cantar
estreando no palco
o talco do Navio
dureza de Mohs
Suavidade Infinita
A Paz... é uma Mão Rica
e Suave !...
Talvez um dia o Mar Cor de Vinho saia
da Garrafa
e a taça do Sol brilhe Navios, o meu
___mais um !...___
Talvez algum dia
a Alegria
de Navegar ( Voltem a" permissão
/ para navegar mas também a
de fabricar Navios !... ") A garrafa na
/ parede do Amor
tem a cor
dos Navios ___ e há um guindaste em
/ cuja haste
___ a Cidade se vê!...:___
Lagartas de Estrelas Acesas, Corretas
___de levantar Amor !... ___