PECADOS E VIRTUDES!
Torno-me peco, refém de meu próprio castigo
Probabilidade de que estou preso ao umbigo
Pura transgressão de meu complexo intelecto
Impulsivo manifesto de raciocínio circunspecto
Entregue a pulsão, impelido pela tensão de meus instintos
Mergulhado à exaustão, entregue aos descortinos labirintos
Visão equivocada de meus receios, medos e trepides
Amordaçado pela insensata embriagues da estupidez
Meu livre arbítrio é preso às limitações
Pela deseducação, desvios e conceituações
Extraio da modéstia, orgulho e arrogância
Sem perceber camuflo a própria ignorância
Meu altruísmo é Chamuscado de inveja
Soberba que aprisiona e tolhe a humildade
Estabelecidos pelos escrúpulos de minha crença
Violento sem querer a própria consciência
A vida me oferece paciência, serenidade
E no contraponto me abasteço da ira
Há um fio tênue invisível que os separam
Que a dialógica tempera de intensidade
A diligência é o elo entre a preguiça e a melancolia
No hiato cálido ou amorfo se dão os atos e desates
Minha generosidade e compaixão são avarentas
Reféns da impiedosa insanidade inconseqüente
Não há moderação aos desejos frenéticos de minha gula
Sou escravo das paixões e seu apetite voraz da emoção
Meu amor e simplicidade fazem da luxuria ostentação
Campo eletromagnético que ao contato se dá a explosão
Porque a felicidade é propósito existencial...
Por ela e com a poesia tudo se torna axial
Processo intrínseco e misterioso do ser humano
Encontrado no enlace das virtudes e pecados!
Assim gira, move, sacode, se constrói e pulsa o mundo.
Duo: Lufague e Hilde