"O mais bonito"
Dia de procissão...
Festa para alguns, para outros atrocidades.
Desfilar seus dotes e seus panos...
Juntar-se com a humildade e os desenganos.
História que se repete enchendo as ruas de novo.
Gente aqui, gente acolá!
Mais e mais, o povo!
Que vai indo bem devagar...
Mulheres de mantilhas penduradas às janelas...
Apoiando-se em colchas de seda, damascos e outras cores.
Armando este coreto por todo canto,
Na espera da passagem do Divino Espírito Santo e seus atores.
Tudo feito hoje. Enfeitar-se por moda!
Trazer à cabeça dois palmos de trepa-moleque, se achando a mais bela ou a mais rica.
Brincos, tatuagem, furos, coloração e tudo o que estica.
Quaresmeiras cheias de pompas para acompanhar o rei...
Na procissão dos Ourives:
Devotos depois das seis.
De lá pra cá, do princípio ao fim, mais de uma vez.
A causa entre o extravagante e o ridículo...
Vai adiante, na procissão atraindo mais que o santo.
Mais que os andores, emblemas sagrados e devotos!
Vai um grande rancho de mulheres sem reclamos.
Mulheres negras vestidas à moda da Bahia,
Para dançar no intervalo da reza: a seu jeito e a seu capricho.
E o curioso é: todos conhecem como se vestem essas negras...
Quem não pode afirmar que é o modo de trajar "nosso" e o mais bonito?
De Magela
(Ilustração à retratação de baianas feita em Memórias de um Sargento de Milícias, por Manuel Antonio de Almeida).
Dia de procissão...
Festa para alguns, para outros atrocidades.
Desfilar seus dotes e seus panos...
Juntar-se com a humildade e os desenganos.
História que se repete enchendo as ruas de novo.
Gente aqui, gente acolá!
Mais e mais, o povo!
Que vai indo bem devagar...
Mulheres de mantilhas penduradas às janelas...
Apoiando-se em colchas de seda, damascos e outras cores.
Armando este coreto por todo canto,
Na espera da passagem do Divino Espírito Santo e seus atores.
Tudo feito hoje. Enfeitar-se por moda!
Trazer à cabeça dois palmos de trepa-moleque, se achando a mais bela ou a mais rica.
Brincos, tatuagem, furos, coloração e tudo o que estica.
Quaresmeiras cheias de pompas para acompanhar o rei...
Na procissão dos Ourives:
Devotos depois das seis.
De lá pra cá, do princípio ao fim, mais de uma vez.
A causa entre o extravagante e o ridículo...
Vai adiante, na procissão atraindo mais que o santo.
Mais que os andores, emblemas sagrados e devotos!
Vai um grande rancho de mulheres sem reclamos.
Mulheres negras vestidas à moda da Bahia,
Para dançar no intervalo da reza: a seu jeito e a seu capricho.
E o curioso é: todos conhecem como se vestem essas negras...
Quem não pode afirmar que é o modo de trajar "nosso" e o mais bonito?
De Magela
(Ilustração à retratação de baianas feita em Memórias de um Sargento de Milícias, por Manuel Antonio de Almeida).