Nascer eterno

Sabe por que chorei naquele filme bobo

Que tanta pilhéria te causou?

Eu,

Talvez o único solitário em meio aos bilhões...

A derramar lágrimas incontidas por um filme pueril.

É que de repente,

Lá no meio da sala escura

Percebi que a gente não engravida

Apenas do ser que se forma

A gente engravida

Da semente que dorme naquele ser

E das sementes adormecidas

No infinito de cada um

Cada dia na vida é uma luz

Um parto

Uma dor

Uma satisfação

A emoção do novo

O choro de novo

Não é o mesmo choro

Mas brotou de dentro dele

Como um bônus inesperado.

Então me entreguei, inteiro

Sabendo que amanhã

Se eu não banalizar minha alma

Chorarei novamente

Lágrimas de natividade.

* Vendo os Pinguins do Papai com minha esposa e filhos. Chorando pra valer. 31/07

Marcelo FAS
Enviado por Marcelo FAS em 31/07/2011
Código do texto: T3131399
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